Um mês após um incêndio ter destruído parte do prédio da
biblioteca do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) na Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), o local permanece fechado e sem previsão
para reabertura, segundo a assessoria de imprensa da instituição. A
interdição do espaço desde o dia 3 de março deste ano impactou a rotina
de estudo dos alunos dos cursos de gradução de Letras, Linguística e
Estudos Literários, além dos estudantes da pós-graduação.
"Estou tendo que comprar livros. Acho que gastei mais de R$ 200", afirma o estudante do curso de Letras Wesley Alves. Além do prejuízo, o universitário afirma que os demais espaços de estudo ficaram mais cheios por causa do fechamento da biblioteca após o incêndio. "É um espaço a menos para estudar, tinha a sala de informática na biblioteca. Agora lota a outra sala de informática e não tem onde ficar", relata Alves.
O mestrando em teoria e história literária Fábio Mariano conta que precisou alterar o cronograma de estudos por causa da interdição. "Como uma parte da minha bibliografia está localizada no IFCH [Instituto de Filosofia e Ciências Humanas], tive sorte e pude inverter o cronograma. Não sei quantos tiveram essa mesma sorte", diz.
No entanto, ele afirma que a longo prazo, o desenvolvimento da tese de mestrado pode ser comprometido pela falta de acesso à bibliografia necessária. "Eu ficaria de mãos atadas, já que uma parte da bibliografia que só está no IEL é de livros esgotados ou raríssimos, que não são mais compráveis ou acessíveis", diz Mariano.
Luto
Os universitários realizaram um protesto no dia 14 de março para cobrar ações da Unicamp sobre a reabertura da biblioteca. Com cartazes e faixas, dezenas de estudantes se reuniram em frente do Centro Acadêmico do instituto para fazer um enterro simbólico do prédio.
Investigações
Segundo a Polícia Civil, os laudos da perícia não foram concluídos a publicação desta reportagem. O delegado titular do 7º Distrito Policial, Cássio Vita Biazolli, aguarda os resulçtados para dar sequência no inquérito. Segundo ele, o depoimento de testemunhas afastaram a hipótese de crime doloso.
Sem prazo
Em nota, a Unicamp informou que a reabertura da biblioteca ocorrerá após os danos causados pelo incêndio terem sido reparados e restabelecido o acesso seguro aos usuários do prédio, mas não há prazo estipulado para isso.
A universidade afirmou ainda que a comissão responsável pela avaliação da reabertura depende de providências envolvendo parte elétrica, segurança predial e instalação de novas portas anti-pânico e corta-fogo em pelo menos duas alas que dão acesso aos corredores da biblioteca. Também não há prazo para a realização dessas pendências, segundo a assessoria de imprensa.
O caso
O incêndio ocorreu no início da manhã de 3 de março e destruiu mais da metade de um dos prédios da biblioteca do Instituto de Letras da Unicamp. De acordo com o Corpo de Bombeiros, da área de 254 metros quadrados de construção, uma parte foi atingida. A área de 1.881 metros quadrados onde fica o acervo não foi atingida pelas chamas e ninguém se feriu.
Estrutura
Com 1.725 metros quadrados, a Biblioteca do IEL é tida como uma das principais da universidade estadual. O acervo conta com 105,6 mil livros, 1,5 mil títulos de periódicos e 3,2 mil teses e dissertações. O arquivo conta com obras sobre linguagem, dicionários, além de obras de poesia, ficção, ensaios e dramaturgia em diversos idiomas. A biblioteca conta, ainda, com coleções especiais, como a "Müller-Carioba", que inclui 530 livros editados nos séculos 17, 18 e 19.
"Estou tendo que comprar livros. Acho que gastei mais de R$ 200", afirma o estudante do curso de Letras Wesley Alves. Além do prejuízo, o universitário afirma que os demais espaços de estudo ficaram mais cheios por causa do fechamento da biblioteca após o incêndio. "É um espaço a menos para estudar, tinha a sala de informática na biblioteca. Agora lota a outra sala de informática e não tem onde ficar", relata Alves.
O mestrando em teoria e história literária Fábio Mariano conta que precisou alterar o cronograma de estudos por causa da interdição. "Como uma parte da minha bibliografia está localizada no IFCH [Instituto de Filosofia e Ciências Humanas], tive sorte e pude inverter o cronograma. Não sei quantos tiveram essa mesma sorte", diz.
No entanto, ele afirma que a longo prazo, o desenvolvimento da tese de mestrado pode ser comprometido pela falta de acesso à bibliografia necessária. "Eu ficaria de mãos atadas, já que uma parte da bibliografia que só está no IEL é de livros esgotados ou raríssimos, que não são mais compráveis ou acessíveis", diz Mariano.
Luto
Os universitários realizaram um protesto no dia 14 de março para cobrar ações da Unicamp sobre a reabertura da biblioteca. Com cartazes e faixas, dezenas de estudantes se reuniram em frente do Centro Acadêmico do instituto para fazer um enterro simbólico do prédio.
Investigações
Segundo a Polícia Civil, os laudos da perícia não foram concluídos a publicação desta reportagem. O delegado titular do 7º Distrito Policial, Cássio Vita Biazolli, aguarda os resulçtados para dar sequência no inquérito. Segundo ele, o depoimento de testemunhas afastaram a hipótese de crime doloso.
Sem prazo
Em nota, a Unicamp informou que a reabertura da biblioteca ocorrerá após os danos causados pelo incêndio terem sido reparados e restabelecido o acesso seguro aos usuários do prédio, mas não há prazo estipulado para isso.
A universidade afirmou ainda que a comissão responsável pela avaliação da reabertura depende de providências envolvendo parte elétrica, segurança predial e instalação de novas portas anti-pânico e corta-fogo em pelo menos duas alas que dão acesso aos corredores da biblioteca. Também não há prazo para a realização dessas pendências, segundo a assessoria de imprensa.
O caso
O incêndio ocorreu no início da manhã de 3 de março e destruiu mais da metade de um dos prédios da biblioteca do Instituto de Letras da Unicamp. De acordo com o Corpo de Bombeiros, da área de 254 metros quadrados de construção, uma parte foi atingida. A área de 1.881 metros quadrados onde fica o acervo não foi atingida pelas chamas e ninguém se feriu.
Estrutura
Com 1.725 metros quadrados, a Biblioteca do IEL é tida como uma das principais da universidade estadual. O acervo conta com 105,6 mil livros, 1,5 mil títulos de periódicos e 3,2 mil teses e dissertações. O arquivo conta com obras sobre linguagem, dicionários, além de obras de poesia, ficção, ensaios e dramaturgia em diversos idiomas. A biblioteca conta, ainda, com coleções especiais, como a "Müller-Carioba", que inclui 530 livros editados nos séculos 17, 18 e 19.
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