terça-feira, 6 de maio de 2025

CRB-10 em ação

Comissão pressiona governo Leite a assinar TAC para reestruturar bibliotecas da rede pública .Documento recomenda, há um ano, mudanças na gestão de bibliotecas do ensino público

Por Sul 21- sul21@sul21.com.br

 




foto:CelsoBender/ALRS                                                                                          

Comissão se reuniu na manhã desta terça-feira (29).

 A Comissão de Educação, Cultura, Desporto Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa promoveu uma audiência pública na manhã desta terça-feira, (29), para tratar da oferta e qualidade das bibliotecas nas escolas das redes pública e privada no Rio Grande do Sul, assim como da falta de bibliotecários nestes espaços. O debate foi conduzido pelas deputadas Patrícia Alba (MDB) e Sofia Cavedon (PT). “O livro é insubstituível na formação dos alunos. Precisamos encontrar uma solução para que os estudantes voltem a ter contato com os livros e o acesso às bilbiotecas”, salienta Cavedon.

 

A deputada petista afirma que, desde 2019, vem denunciando o fechamento de bibliotecas das escolas, a carência de profissionais especializados e a perda de acervos. “Em decisão tomada em 2024, o Tribunal de Contas do Estado recomendou a realização de concursos públicos para profissionais e técnicos em biblioteconomia e a conservação e atualização dos acervos literários das bibliotecas da rede estadual”, explicou. No último censo escolar, de 2024, o percentual de bibliotecas existentes na rede estadual chegou a 86%, enquanto a rede privada ficou em torno de 63%. Contudo, o percentual de profissionais ou auxiliares nas bibliotecas da rede pública não chega a 25%.

 

A Comissão pressiona o governo do Estado a assinar um Termo de Ajustamento de Contuda (TAC), que recomenda a realização de concurso público para bibliotecários ou técnicos em biblioteconomia e também orienta a atualização e conservação do acervo literário das bibliotecas da rede estadual. A assinatura do documento foi determinado pelo Tribunal de Contas do Estado em abril do ano passado com aval do Ministério Público de Contas. Para o procurador-geral do MPC, Ângelo Borghetti, “são evidentes os prejuízos da educação e a falta de bibliotecas e profissionais bibliotecários”.

 Já o presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia, Filipe da Silveira, observou que a inexistência ou fechamento de bibliotecas é sintoma de uma educação precarizada. “Nossas bibliotecas estão fechadas, sem profissionais habilitados, sem acervo, sem espaços físicos”, testemunhou.

 Procurada pelo Sul21, a Secretaria de Educação do RS não respondeu as tentativas de contato até a veiculação da matéria.


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