segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Na Biblioteca de Ruy Castro

Depois das compilações dedicadas a textos sobre cinema e música, o jornalista carioca fala sobre livros em “O Leitor Apaixonado” Ruy Castro Jornalista e escritor

Um dos autores que estabeleceram o padrão de excelência do gênero biográfico no Brasil, Ruy Castro também é um ouvinte entusiasmado, um espectador ávido de cinema e um leitor atento. E, como comprova O Leitor Apaixonado, seu livro mais recente, que chega às livrarias esta semana, Ruy é também um esteta generoso, disposto a partilhar o que o sensibiliza.O livro reúne crônicas, ensaios, artigos e perfis escritos por Ruy sobre temas variados ligados a livros, leituras e ao idioma como ferramenta de leitores e escritores. São textos publicados em revistas e jornais ao longo das últimas três décadas, ou em introduções e prefácios a determinados lançamentos ou reedições.É um volume que forma uma série com os anteriores Um Filme É para Sempre, sobre cinema, e Tempestade de Ritmos, sobre música. Em comum com os demais, O Leitor Apaixonado traz não apenas a verve certeira de um dos melhores textos da imprensa nacional, mas uma profissão de fé expressa já em seu subtítulo: Prazeres à Luz do Abajur. São escritos de um leitor que só lê – e escreve sobre – o que gosta. Como ele mesmo explica no livro: “Nunca permiti que ler por obrigação, a valer três pontos, interferisse no prazer de ler por amor”.São 43 textos com surpreendente unidade. Vão de Alice no País das Maravilhas – que, recebido de presente aos cinco anos de idade, abriu-lhe o universo da palavra – até o debate inescapável da queda de braço entre dois veículos contemporâneos para a literatura: o papel e a Internet. O leitor cativo de Ruy vai encontrar momentos que remetem ao seu sucesso de 1999 Saudades do Século 20, como nos perfis de Gertrude Stein, Robert Benchley ou Anita Loos. Ruy também corrige ideias feitas, como o caráter provocador e iconoclasta da Semana de 1922 (sucesso de comparecimento público da “burguesia” a quem os modernistas queriam chocar).É a organizadora da coletânea, Heloísa Seixas, também escritora e mulher de Ruy, quem define: o livro documenta o mais longo caso de amor do companheiro: com a palavra.

ZERO HORA.com Leia a íntegra da entrevista no blog www.zerohora.com/mundolivro

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