Foto: Zero-Hora
Caminhando com sua bengala, Aquiles dos Santos, 84 anos, era o último do
grupo de dezenas de pessoas que participaram ontem de um abraço
simbólico pedindo uma nova sede para a Biblioteca Pública do Estado.
Com a paciência que falta a quem espera pela reabertura do espaço, fechado há seis anos para reforma,
o aposentado participou da caminhada ao longo dos 300 metros de subida
entre o Memorial do Rio Grande do Sul, na Praça da Alfândega, e o prédio
de número 1.190, da Rua Riachuelo.
Seu Aquiles é mais um dos que pede a criação de uma nova sede para a
biblioteca, da qual é sócio há mais de 30 anos. Organizado por membros
do Conselho Estadual de Cultura, o ato ocorreu por volta das 12h30min na
frente da imponente construção amarelada, no coração do Centro.
– Não estamos fazendo um movimento contra ninguém, mas, sim, a
favor do livro. Vamos lutar por um local para abrigar as 250 mil obras
que (no momento) não estão ao alcance dos leitores – disse o escritor Alcy Cheuiche.
O grupo defende que seja criado um Centro Cultural que, além de
guardar o acervo, contemple espaços para leitura, com computadores e
internet, além de restaurante, café, auditório e salas para oficinas ou
cursos.
– Precisamos de um lugar que atraia os jovens e os auxilie a
tornar a leitura um hábito tão natural quanto usar o computador –
explica o escritor Armindo Trevisan, também um dos organizadores e autor
do texto publicado no Segundo Caderno, em 27 de março, que pôs em
marcha o movimento por uma nova biblioteca estadual, alinhada aos novos
tempos.
Secretário adjunto da Secretaria da Cultura do Estado, Jéferson
Assumção afirma que reabrir a biblioteca é prioridade, mas ainda não há
uma previsão de quando as obras estarão concluídas.
– Também há um projeto de construir um novo Centro Cultural, mas
ainda é muito incipiente. Estamos estudando que local poderia abrigar
esse espaço – garante.
Fechado há seis anos, o prédio da Biblioteca Pública Estadual
passa por um processo de restauração e reforma pelo projeto Monumenta.
Parte do acervo foi deslocada para a Casa de Cultura Mario Quintana
(CCMQ), estando disponível para consulta do público.
Vídeos relacionados:
Fotos acima obtidas junto ao perfil "Biblioteca Pública do Estado II", no Facebook.
Jornal Correio do Povo também deu destaque.
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