ESTÊVÃO BERTONI, de São Paulo.
Quando Yolanda Vidigal Meyer foi colocar Luís na escola, em 1963, nenhuma instituição da cidade a agradou.
Queria que o primeiro filho crescesse e “construísse seu pensamento com liberdade”, junto com os professores. Por isso, naquele ano, ela fundou a própria escola: a Vera Cruz.
Filha de Alcides Vidigal, que foi advogado, deputado federal,
presidente da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e fundador da Cosipa,
perdeu a mãe bem cedo, com sete anos.
Ajudou a criar os irmãos
(11, contando os do segundo casamento de seu pai) e, aos 17, ainda aluna
do colégio Nossa Senhora de Sion, começou a fazer trabalhos voluntários
de orientação a mães pobres.
Por um tempo, deu aulas no
próprio Sion, até decidir fazer faculdade. Contornou a resistência de
seu pai e se formou em biblioteconomia. Trabalhou na biblioteca da
Faculdade de Medicina da USP e na do Museu Paulista (no Ipiranga), para
onde foi a convite de Sérgio Buarque de Holanda.
Cinquenta anos
atrás, nos fundos de um prédio ocupado por uma empresa do marido, Luís,
engenheiro, abriu a escola, que passou a coordenar –atuou até 2006.
Queria uma instituição sem dogmas. O Vera Cruz hoje tem 2.500 alunos em
cinco unidades.
Segundo o
filho, sua mãe era brincalhona, de respostas rápidas e carinhosa. Até
poucos anos atrás, gostava de escrever contos num notebook.
Superou um câncer e uma dengue aos 90. Pegara uma pneumonia. Viúva desde
1975, morreu anteontem, aos 92, após parada cardíaca. Teve dois filhos e
quatro netos. A missa do sétimo dia será na terça (2/4), às 19h, na
igreja da Cruz Torta, em São Paulo.
Fonte: http://www.boainformacao.com.br/2013/03/yolanda-vidigal-meyer-1920-2013-fundadora-em-1963-da-escola-vera-cruz/
Para saber mais:
http://www.veracruz.edu.br/noticias.ler.php?id=664
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